" Mens sana
in corporis
sano "
Minhas neblinas e tempestades em tufão/ Aqui/ cai granizo/ cai sereno/ molha a (se) mente/ nasce a brisa/ ora faz sol/ ora chuva torrente/ impalpável nuv-em-oção.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
"...assim pungente, não há de ser inutilmente..."
Aqui dentro chove tão forte
Sem medo da garoa fraca
que umedecia a brisa leve e doce
saí nú à rua.
Sorrateira metamorfoseou-se
Agora me vejo aqui
molhado por trovões
rasgado pelo granizo
eletrocutado pelo som das notas
nunca ouvidas
do piano distante e taciturno
Estou embalado pelas gotas
de não sei o que
que sei o que
mas prefiro nao
saber que sei o que
e tenho raiva
do o que
e de quem o sabe.
Again and again leaving this
and getting into it
Ilustração de H. R. Eckenheimer, retirado da página I Love Art, VKontakte, 2012.
domingo, 4 de novembro de 2012
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Ela toda
"A meu amigo que veio de Condeúba, Bahia"
desperta algo adormecido
em nós
preenche os buracos
que a vida faz
com sua broca diária
Só ela sabe aproveitar
o que ha de mais doce
em nossos labios
Sabe também adoçá-los
quando necessário.
Sem antes avisar
nos lança às nuvens
de extase e éter
e pede que apenas
sejamos sempre fiéis a ela
sejamos sempre dispostos a ela
Nos põe a ninar
No dia seguinte
organiza nosso jornal
agósta nosso café-com-leite
E na porta não se despede
Caminha conosco
até pelas vielinhas-sem-nome
não se importa
com a marca do carro
ou o número de ônibus
que usamos para ir às ruas
- Súbito -
nos acaricia com alguns raios
de seu sorriso
e dá o prazer permisso
e infinito
de escrevermos
dois
ou
três
de seus versos.
Viva à Ela
toda
a Poesia!!
Isto é uma idéia básica de quem é a poesia pra mim
domingo, 28 de outubro de 2012
Vivíparos
Precisamos viver
próximos
da comida
do teto
do tempero
do fogo
do peito
do doce
da brisa
do sorriso
do útero
do pó
Precisamos re
vi ver ontem
o
amanhã
Sem pre
cisamos
pre cisar
Precisamos do outro
hoje
domingo, 30 de setembro de 2012
Nem todas as fezes adubam
Nem todas as fezes adubam
Lá se foi mais um professor.
Se era mestre, doutor,
ninguém jamais
indagou.
Sobre nossas cabeças, deixou
carta alguma
de adeus,
que ao menos esconderia o buraco
feito pela sua mania de
amaciar
o proprio ego
Dizia que era mais
que os melhores livros.
Se continuasse,
menos ainda lecionaria.
Mas a reitoria, de olhos virados à tangente,
distante e putocrata,
nunca o questionou
"E...'
como se ja não bastasse catar
migalhas
da refeição podre que ele nos servia
Todo dia dava uma brasileira "folguinha" dos estudos,
se aproximando
dos de espirito desocupado
e se afastando da responsabilidade
Espero que vá viver uma vida bucolica logo
Que rapido se aposente!
Porque mestre arrogante
e sempre ausente
não leva _______ sequer adiante.
sábado, 28 de abril de 2012
Ver melhos como
Após o choro
nossos olhos enrubressem
como se quisessem aparentar como nossos labios.
Pobres olhinhos
esquecem que os labios
podem sorrir mesmo
depois das lagrimas os tocarem
Pobres olhinhos
demoram
pra disfarçar até
o mais breve pranto
Após ums meses de ausencia, cá estou mais uma vez pra derramar a poesia que brotava em mim durante esses meses que se passaram.
Agradecimentos a todos aqueles que tiveram paciencia e aguardaram minha volta
Viva à poesia!!!!
nossos olhos enrubressem
como se quisessem aparentar como nossos labios.
Pobres olhinhos
esquecem que os labios
podem sorrir mesmo
depois das lagrimas os tocarem
Pobres olhinhos
demoram
pra disfarçar até
o mais breve pranto
Após ums meses de ausencia, cá estou mais uma vez pra derramar a poesia que brotava em mim durante esses meses que se passaram.
Agradecimentos a todos aqueles que tiveram paciencia e aguardaram minha volta
Viva à poesia!!!!
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
O verdadeiro olhar artístico
Basta apenas dar uma volta dentro de um museu de arte, seja moderna, sacra, contemporânea. Ler literatura de cordel ou poesia concreta. Observar os diversos grafitis nos muros solitarios das grandes avenidas.Ouvir Beethoven, Mahler, Wagner, Samuel Barber, Chico Buarque ou Mamonas Assassinas para entendemos como a arte é bela e se manifesta nas suas mais diversas formas. Seja numa tela de Da Vinci, naquela grande Aranha do MAM, no mural do Estudio Kobra na avenida 23 de Maio, no "Ephitalamium", de Pedro Xisto, na melodia envolvente do Addagio para Cordas op11, na rebeldia de "Não deixar os cabelos do saco enrolar..." temos o surgir da arte, a manifestação do pequeno vazio na humanidade sendo preenchido, da fusão dos nossos espíritos com combinações inusitadas resultando na mais perfeita harmonia e desordem surreal.
Hoje vi uma cena comum, mas algo diferente surgiu em minha mente. No metro havia um homem de meia idade, com um braço amputado, uma cicatriz enorme no couro cabeludo e uma aparente paralisia facial da região esquerda do rosto. Todos olhavam para ele com uma expressão decifravel: dó, repulsa, asco, espanto ou indiferença.
Agora você, caro leitor, tem todo o direito de fazer a tal pergunta: "Qual a relação entre arte e este homem?"
Bem pensado. Parece um tanto desconexo, mas será que alguém possuiu esses mesmos sentimentos ao observar uma tela de Van Gogh? Sentiu dó ao ouvir a " Ode to Joy" de Beethoven? Asco, enquanto lia Machado de Assis?
Creio que não.
Quando temos uma criança com paralisia cerebral sorrindo, um cego caminhando com independencia na rua, um deficiente sentado num banco de praça, um portador da Sindrome de Down correndo para os braços de sua mãe, temos a vida, o mais valioso engenho que a humanidade jamais teve. É a prova viva de que este sopro de animo também se manifesta das mais diversas formas, tem sua beleza absoluta independente dos padrões que são mais comuns na sociedade.
Me adimiram as pessoas que sabem compreender a arte, mas não entendem que a vida também tem diferentes formas, meios, timbres, cores, formas e símbolos.É infinitamente mais rica e vale mais que o Retrato de Adele Bloch-Bauer, por Gustav Klimt, avaliado em 135 milões de dólares.
Diferenças e limitações à parte, somos a mais bela composição e temos a harmonia viva inflamada dentro dos nossos corações.É por este elo que vida e arte estão tão solidamente interligadas.
Uma solene homenagem à vida de todos nós.
Um bom início de ano e continuação dos dias a todos!!!
Lucas Bigai
O que você sentiu ao observar o quadro acima?
(Ilustração retirada do site www.apbp.com.br, feita por artistas deficientes que utilizam bocas e pés para pintar.)
O que você sente agora?
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