Minhas neblinas e tempestades em tufão/ Aqui/ cai granizo/ cai sereno/ molha a (se) mente/ nasce a brisa/ ora faz sol/ ora chuva torrente/ impalpável nuv-em-oção.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

E lá vem água do céu....do céu

    Depois de ser bombardeado com todas essas notícias televisivas tristes e desoladoras da destruição das chuvas, é impossível não se indignar.Não digo apenas com os motivos que levam pobres às ocupações irregulares, nem as enchentes, os saques, a falta de planejamentoo estratégico e fiscalização pública, mas sim com a devastação em sua essência.
    A humanidade e as tempestades sempre caminharam juntos e cenas como essas devem ser mais frequentes do que imaginamos. Imagine você, há quatro milênios atrás, numa era totalmente isenta de qualquer tecnologia científica capaz de explicar a fúria da natureza. Basta olhar para o céu num dia negro e medonho, vendo morros derem levados pela enchurrada, famílias inteiras para indagar que há uma força sobre humana que castiga a humanidade.Por quais motivos? São infinitas as respostas: somos pecadores natos, logo se procurarmos, sempre encontraríamos razões para o castigo.
    Mas por que surgem esses pensamentos? Como seres humanos, temos no nosso DNA a curiosidade, a necessidade de respostas, e mesmo com nosso conhecimento ínfimo, formulamos as respostas .Temos, também, a necessidade de um consolo nas horas difíceis, alguém em que confiar ou aguardar proventos. Juntando esses dois fatores, descobrimos que há, lá nas alturas, alguém como nós, que pode enfurecer-se e usar sua justiça sobre a população, mas ao mesmo tempo trazer prosperidades inesperadas às colheitas, conceber um filho à uma mulher, atender a preces ou reger o amor fraternal.
   Olhe para tudo ao redor, tudo o que acontece, tudo o que existe e tire suas próprias conclusões. Dê um nome criativo à isso.
   Pronto, agora basta apenas acreditar.

   " Se Deus não existisse, seria preciso inventá-lo"  - Voltaire 

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