Minhas neblinas e tempestades em tufão/ Aqui/ cai granizo/ cai sereno/ molha a (se) mente/ nasce a brisa/ ora faz sol/ ora chuva torrente/ impalpável nuv-em-oção.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Exposição Passada


    O passado pode machucar, entristecer, mas é incapaz de tomar nosso cotidiano, afinal ele é passado e não presente.
    As recordações são como exposições itinerantes dos mais variados temas. São esses polos de textos e imagens que aparecem entre biombos e cercados, nas ruas, nos shoppings ou nas estações de metro, assaltando nosso caminho. Sempre passamos apressados por esses locais quando vazios. Quando há exposição, as vezes reparamos, ora desviamos, ora simplesmente a ignoramos e corremos rumo ao nosso compromisso diário. Na quase totalidade das vezes, não paramos pra observar e tirar nossas conclusões. Quando isso acontece, porém, corremos o risco duplo de perder nosso tempo com assuntos alhures a nossa vida atual, ou então trazer algo válido pro nosso ser. Puro risco.
    Se somos daquelas pessoas que ignoram as imagens, quadros, textos e esculturas que esses eventos gratuitos e extremamente acessíveis do nosso intimo oferecem, devemos estar sempre atentos para a nossa curiosidade. Ou ignoremos completamente ou lancemo-nos às nossas vontades “que mataram o gato” como dizia o velho ditado Afinal, se um dia tivermos curiosidade e acordarmos impreterivelmente dispostos a olhar o que nos foi oferecido, podemos dar de cara com nosso caminho vazio, trivial como no outros dias.
Nem tudo pode retornar fisicamente e abalar nosso rumo.

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