Minhas neblinas e tempestades em tufão/ Aqui/ cai granizo/ cai sereno/ molha a (se) mente/ nasce a brisa/ ora faz sol/ ora chuva torrente/ impalpável nuv-em-oção.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Jogo de Guerra

    No meio do tapete, todas as almofadas do sofá esparramadas.Na mesinha de centro, várias embalagens de Mc Donalds do dia anterior, (hum, cheddar!).Lá estavam acomodados, sob a mais profana preguiça e algumas batatas muchas sobre o sofá, Pedro, seu irmão José e seu filho, Pedrinho.A luz fluorescente piscava-piscava-acendia e assim ficava até piscar-piscar-acender mais uma vez.Pensavam em troca-la, mas só de vez em quando, do mesmo jeito que ela piscava.Televisão de tubo, mas tela plana, com um bom sistema de som e, pro orgulho de Pedro, quitada.
Ele não a trocava por nada nesse mundo.Dizia que as mais recentes esticam a cara da gente, como se a gente fosse de borracha e anormal.
Razão.
    Enquanto o menino quase lacrimejava e tinha um orgasmo mental com o documentário sobre espaço e astronautas, subito surgiu uma conferência com o presidente Kennedy.Ou!Esse aí é o pai do Bush ?Não, filho, é o John Kennedy, aquele que morreu.Morreu?Ué, só ele morreu,? o Lincon ainda está vivo?Não, quer dizer, é o que morreu, só que o que morreu com um tiro enquanto fazia uma passeata.Cala a boca José, pára de rir, afinal, você foi quem confundiu o Saddam Hussein com o Stalin na  foto da caixa do jogo de tabuleiro.E ainda quis pagar de intelectual.Pagou com a moeda errada, burro.
Não, não, pra mim, barbudo e inimigo dos EUA, é tudo igual.
Certíssimo, parecia mesmo.
Estava na hora de limpar aquela bagunça.Pensando bem, a barba de José estava abandonada ha alguns meses.A casa, há alguns dias.O jogo, há apenas algumas horas.Os EUA, apesar das fragilidades, nunca fica abandonado.

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